Notícia - 01/12/2010 - Quase 9 pessoas morrem de aids por dia no Estado de São Paulo, aponta boletim epidemiológico
01/12/2010 - Quase 9 pessoas morrem de aids por dia no Estado de São Paulo, aponta boletim epidemiológico
Quase 9 pessoas morrem de aids por dia no Estado de São Paulo, aponta boletim epidemiológico. Homens que fazem sexo com homens representam 35% dos novos casos de HIV.
No ano passado, ocorreram 3.230 mortes em decorrência da aids no Estado de São Paulo, o que dá uma média de quase nove óbitos por dia, segundo o mais novo boletim epidemiológico sobre a epidemia produzido pela Secretaria de Estado da Saúde, com base nos dados da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).
A taxa de mortalidade devido a essa doença atingiu o menor nível em 20 anos, assim como o número de novas infecções, mas cresceu entre os homens que fazem sexo com homens (HSH).
“Esta redução se deve, sobretudo, à introdução das novas terapias antirretrovirais de resgate nos últimos dois anos e ao incentivo ao diagnóstico precoce de HIV por intermédio das campanhas de testagem grat uita”, explica a coordenadora do Programa Estadual de DST/Aids, Maria Clara Gianna
Em 2009 houve 7,8 óbitos por 100 mil habitantes em todo o Estado. Este índice só havia sido menor em 1989, época que a doença estava em pleno avanço, com 5,5 mortes por 100 mil habitantes. A pior taxa, de 22,9, foi registrada em 1995.
O número de novos casos de HIV em 2009 foi de 4.727, contra 6.573 em 2008 e 6.378 em 2007. O dado de casos novos de 2009, entretanto, ainda é preliminar e poderá sofrer alterações.
Segundo o novo boletim, no ano passado foram registrados 802 casos de infecção do HIV entre os HSH, contra 871 em 2008 e 776 no ano anterior.
Desde 1980, entre os 120.927 casos de aids notificados em homens, 34.055, ou 28,2%, ocorreram em homens que fazem sexo com homens. Mas na última década a participação proporcional de casos registrados nesse grupo entre o total de casos em homens cresceu de 24,1%, em 2000, para 35,3% no ano passado.
“Os dados apontam para a necessidade de discutir e compreender melhor os contextos de vulnerabilidade e expandir as estratégias de prevenção da infecção pelo HIV entre gays e homens que fazem sexo com homens”, afirma o coordenador-adjunto do Programa Estadual de DST/Aids, Artur Kalichman.
Fonte: www.agenciaaids.com.br
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