Notícia - Aids Pediátrica e a inserção do Lúdico do Tratamento

Aids Pediátrica e a inserção do Lúdico do Tratamento

Aids Pediátrica


A epidemia de HIV/AIDS constitui a primeira pandemia dos tempos modernos, atingindo virtualmente todos os países do mundo. O Progrrama das Nações Unidas para HIV/AIDS (UNAIDS) e a Organização Mundial de Saúde estimaram que 36,1 milhões de adultos e crianças tenham se infectado pelo HIV desde o início da epidemia até dezembro de 2000.

No Brasil a tendência de feminização da epidemia torna-se evidente a partir da segunda metade da década de 80, como demonstrado pela diminuição na razão homem:mulher entre os casos de AIDS notificados ao Ministério da Saúde de 15:1 para 2:1 em 1985 e 2000, respectivamente. Como a exposição perinatal é a principal via de aquisição do HIV em crianças, o curso da epidemia em mulheres em idade reprodutiva influencia decisivamente o aumento do número de crianças infectadas. As estimativas da UNAIDS indicam que até dezembro de 1999 cerca de 4,4 milhões de crianças tenham se infectado, acarretando 3,2 milhões de mortes.



O Lúdico do Tratamento


A atividade lúdica pode funcionar como um agente reornizador, o que, por sua vez, implicaria na produção de sentido para as experiências vividas pela criança. Logo, o brincar possui uma dimensão ontológica na constituição do sujeito. Através do brincar ela nos mostra a sua forma de expressão e a maneira pela qual ela se relaciona com o mundo à sua volta. (Santa Roza, 1993). O brincar faz com que a criança tenha um acesso mais facilitado à atividade simbólica, fazendo-a assimilar a realidade externa à realidade interna.

Rodeada de gigantes, as crianças criam o seu próprio mundo através das brincadeiras, criando um espaço de fantasia entre o real e o imaginário, onde ela pode se apropriar de suas experiências dolorosas, de uma maneira menos traumática.

Para Winnicott (1972), psicanalista inglês, estudioso do crescimento e desenvolvimento infantil, o brinquedo se aproxima do sonho, reestrutura conteúdos incoscientes e faz com que a criança adquira formas oníricas de lidar com a realidade interna sem perder o contato com a realidade externa. Para ele o ato de brincar é mais que a simples satisfação de desejos. O brincar é o fazer em si; um fazer que se constitui de experiências culturais, que é universal e próprio da saúde, porque facilita o crescimento, conduz a relacionamentos grupais, podendo ser uma forma de comunicação da criança com os outros e com o mundo.

Fonte: Laboratório de Educação em Saúde

http://www.cpqrr.fiocruz.br:81/labes/paginas/pagina_principal.asp

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