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Notícia - Estados Unidos aprovam novo medicamento contra HIV
Estados Unidos aprovam novo medicamento contra HIV
Um novo remédio para o tratamento da infecção pelo vírus HIV, causador da aids, foi aprovado dos Estados Unidos nesta segunda-feira, pela FDA (Food and Drug Administration), agência que controla a comercialização de alimentos e remédios nos EUA. Produzido pela farmacêutica GlaxoSmithKline, o Tivicay apresentou, em combinação com outros medicamentos, uma eficácia maior do que a do Atripla, um dos mais utilizados atualmente no tratamento do HIV.
O Tivicay é um inibidor da enzima integrase, utilizada pelo HIV para infectar o organismo, e atua impedindo que o DNA do vírus penetre as T CD4, células do sistema de defesa do organismo, que são os principais alvos do HIV. "Esse medicamento pertence a uma classe já existente, dos inibidores da integrase, e veio juntar-se ao arsenal terapêutico contra o HIV", explica Caio Rosenthal, infectologista do Hospital Emílio Ribas e do Hospital do Servidor Público Estadual.
O remédio foi aprovado para uso em adultos, independentemente de já terem recebido outros tratamentos contra o HIV, e para adolescentes a partir de 12 anos, que pesem no mínimo 40 quilos e que não tenham utilizado um remédio da mesma classe antes.
Eficácia – O medicamento foi testado em 2.539 pacientes. Em um dos estudos, ele foi comparado com o Atripla, um dos mais utilizados no tratamento do HIV. Em um só comprimido, o Atripla contém três drogas: efavirenz, emtricitabine e tenofovir. O que os pesquisadores fizeram foi uma comparação entre o Atripla e o Tivicay, nome comercial do dolutegravir, em combinação com o emtricitabine e o tenofovir.
Após 48 semanas, os pesquisadores observaram que o grupo que recebeu o novo medicamento teve um número maior de pessoas que se mantiveram com carga viral indetectável: 88% contra 81%, do grupo que recebeu o Atripla.
Efeitos colaterais – Outro ponto positivo do medicamento é a baixa incidência de efeitos colaterais. "Foi relatado que 2% das pessoas apresentaram insônia e 1% alguma agitação, o que é considerado bom para um medicamento como este", afirma Rosenthal. Para ele, a maior restrição ao medicamento será seu preço. "Os medicamentos novos geralmente são lançados a preços muito altos, devido a todas as pesquisas que foram realizadas. O Tivicay provavelmente será inacessível em países em desenvolvimento, que em geral são os que mais precisam de meios para tratar o HIV", afirma.
Segundo a GlaxoSmithKline, que produz o Tivicay, pedidos de aprovação estão sendo avaliados na Europa, Canadá, Austrália e Brasil.
Fonte: VEJA Saúde
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