Notícia - Morte de ator símbolo do combate à Aids completa 28 anos; veja evolução

Morte de ator símbolo do combate à Aids completa 28 anos; veja evolução

Há 28 anos, no dia 2 de outubro de 1985, morria a primeira celebridade em decorrência da Aids, o ator Rock Hudson. A partir de então, a data tornou-se um símbolo no combate à doença.


O ator Rock Hudson, que morreu em 1985, prestes a completar 60 anos, foi a primeira celebridade a admitir ter Aids

Em 25 de julho daquele mesmo ano, Hudson, famoso pelos papéis de galã e prestes a completar 60 anos, admitiu publicamente ter a doença, menos de três meses antes de morrer. Até então, nenhuma outra celebridade havia assumido ter o vírus da Aids.

Hudson havia sido diagnosticado com o vírus HIV em 5 de junho de 1984, mas só fez a revelação pública no ano seguinte. Conhecido pelas comédias nas quais atuou ao lado da atriz Doris Day, como "Confidências à Meia-Noite" (1959), ele também era grande amigo de Elizabeth Taylor, com quem trabalhou em "Assim Caminha a Humanidade" (1956).

Taylor, inclusive, tornou-se pioneira em ações filantrópicas para ajuda na pesquisa da cura da doença, logo após a morte do amigo, chegando a ser cofundadora da amfAR (American Foundation for Aids Research).

Em 2006, após a destruição deixada pelo furacão Katrina, Taylor doou US$ 500 mil para a NO/AIDS Task Force, organização sem fins lucrativos, servindo a comunidade de pessoas afetadas pela Aids em Nova Orleans. A doação foi realizada quando a atriz comemorava seu 74º aniversário, como uma forma de ampliar seu trabalho de combate à doença.

Peste gay
Na época em que Rock Hudson morreu, a doença era chamada de "peste gay" e atingia majoritariamente homens homossexuais, hemofílicos e drogados que compartilhavam seringas.

O vírus HIV foi isolado dois anos antes da morte do ator, em 20 de maio de 1983, quando a equipe de pesquisadores franceses liderados por Luc Montagnier publicou um artigo identificando o agente responsável pela recém-descoberta síndrome da imunodeficiência adquirida.

Brasileiros
De acordo com levantamento anual do Ministério da Saúde, o número de brasileiros infectados pode ser bem maior do que o estimado pela Unaids (órgão especial da ONU para a Aids): aproximadamente 530 mil. Por ano, são registrados, em média, 36 mil novos casos. Além disso, a pesquisa do Ministério aponta que um quarto dos brasileiros portadores do HIV não sabe que está infectado. Isso corresponde a cerca de 135 mil pessoas.

Apesar dos números altos, o avanço no tratamento da doença fez com que a Aids fosse considerada uma epidemia sob controle. "Muitas pessoas estão relaxando a prevenção e creditando ao coquetel [de medicamentos] a solução caso se contaminem", disse Regina Figueiredo, coordenadora de Projetos em Saúde Sexual e Reprodutivos do Núcleo de Estudos para a Prevenção Aids (Nepaids) da USP e pesquisadora do Instituto de Saúde da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo.

Ela também lembrou que desde 1991 o governo brasileiro implementou o fornecimento do coquetel (combinação de cerca de seis medicamentos) na rede pública de saúde, com dispensa gratuita e universal – isto é, para todas as pessoas com Aids no país. "A distribuição do coquetel provocou uma 'revolução' no quadro da doença, que era de grande letalidade, tornando os portadores de HIV/Aids doentes crônicos em tratamento e reduzindo a mortalidade em mais da metade dos casos."

Fonte: UOL Saúde

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